Jean Wyllys chama delegado de burro e recebe a resposta


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Dois menores assassinaram uma transexual após mantarem relações sexuais com ela.
Só o fato de envolver adolescentes e estes terem matado alguém do movimento LGBT,
já causou um bug no ex-bbb.

Após o delegado declarar que não se tratava de homofobia, pois os "infratores"
também estariam sob o guarda-chuva homossexual... Jean, pra variar, baixou
o nível e deu mais um ataquezinho, só não contava com a resposta do delegado
Mota.


Textão do Jean

BURRICE: PRECISAMOS FALAR SOBRE ELA. E É URGENTE
Na madrugada dessa segunda-feira, uma jovem gaúcha, Nickolle Rocha, de 19 anos, foi assassinada na cidade de Cachoeira do Sul (a 188 km de Porto Alegre) por dois adolescentes, que confessaram o crime. Os jovens, de 15 e 16 anos, tiveram relações sexuais com ela e depois a atacaram, dando socos e pontapés até que ela morreu por traumatismo craniano. Depois de matá-la, fugiram e deixaram o corpo abandonado num parque. Nickolle, que já tinha sido Miss Diversidade de Cachoeira do Sul e Miss Simpatia da Diversidade do Rio Grande do Sul, era transexual. O delegado de polícia que cuida do caso, José Antônio Taschetto Mota, disse à imprensa que não acha que se trate de um crime de ódio, já que, como vítima e algozes estavam "envolvidos numa relação homossexual", não pode se falar em homofobia.
É muita burrice numa frase só.
Vamos, por enquanto, deixar de lado a confusão entre homofobia e transfobia (uma forma de ódio e preconceito que vitima especificamente as pessoas travestis, transexuais e transgênero). Em primeiro lugar, devemos esclarecer que a relação entre esses jovens e a Nickolle não foi "homossexual", já que eles têm uma identidade de gênero masculina e ela, feminina. Quando um homem faz sexo com uma mulher, seja ela cisgênero ou transgênero, essa relação é heterossexual.
Contudo, o erro na avaliação do delegado é muito mais profundo. Mesmo se a vítima fosse um homem gay e esses jovens, que têm uma vida social hétero, tivessem mantido relações sexuais ocasionais com ele (o que é mais comum do que muitos imaginam), a violência posterior poderia ter sido motivada por homofobia sim. Esse tipo de crimes acontece com bastante frequência. O assassinato (geralmente cometido com um alto grau de violência) de um parceiro sexual ocasional por parte de alguém que leva uma vida social heterossexual é uma forma de "expiação" do pecado, de "purificação" doentia motivada pela homofobia social internalizada pelo agressor. O desejo socialmente indesejável é pago pela vítima que o "provocou".
No caso das pessoas transgênero, a confusão do delegado também explica parte do problema, que ele não entende. O preconceito transfóbico não diferencia identidade de gênero com orientação sexual e vê nessa relação uma relação homossexual, que envergonha quem cedeu à tentação de experimentá-la. A violência brutal contra as pessoas trans quer muitas vezes matar, com elas, o desejo que provocam.
Trata-se de um tipo específico de crime de ódio motivado por transfobia e/ou homofobia que, embora não possamos generalizar (porque a maioria das vezes o agressor não tem relações coma vítima), não é incomum. Um delegado de polícia deveria estudar esse tipo de realidade para poder investigar os crimes que ocorrem em sua jurisdição com conhecimento e sem achismos preconceituosos e de senso comum.
Aliás, esse é o modus operandi da polícia em quase todos os casos. E isso tem a ver com o esforço muitas vezes inconsciente dos agentes da segurança de, por angústia decorrente da culpa, dissociarem-se dos assassinos, já que compartilham, com estes, o mesmo ódio ou aversão a homossexuais e transexuais.










A resposta do delegado

Sr. Deputado, 

Após ser avisado de vossa postagem, procurei seu perfil na rede social e me inteirei. Sou Delegado de Polícia há quase 17 anos no RS e, desde o ingresso, sempre procurei inteirar-me das situações antes de emitir opinião.

Em poucas horas elucidamos o homicídio de Yuri, o qual não tem nome/identidade social registrado no RS. Gostava de ser chamado de Nickolle e, por isso, utilizarei este prenome. Dois adolescentes o mataram. Obtivemos a confissão e apreendemos as roupas deles, possibilitando a comparação genética do sangue porventura achado nas vestes com o da vítima. Tal medida corroborará as confissões, a fim de que não seja o caso calcado apenas no depoimento dos adolescentes. 

Admiro vosso trabalho, combativo e independente, ainda que não o siga na rede social.

Como pessoas que exercem funções públicas, estamos sujeitos a críticas e elogios. Jamais busquei os holofotes ou as luzes e, sinceramente, nunca esperei receber agradecimento por desvendarmos qualquer delito. É nossa função tentar descobrir. Minha recompensa é saber que os pais da Nickolle terão ao menos o conforto de saber que os algozes serão punidos pelo Poder Judiciário.

Comando uma região policial inteira. Tenho formação jurídica em Universidade Federal, UFSM, onde ingressei sem fazer cursinho pré vestibular. O que obtive na vida, foi com esforço. Tenho boa reputação na Polícia Civil, construída com trabalho e dedicação. 

Portanto, fico realmente estupefacto quando me alcunhas de “burro” (pois quem diz ou faz burrices, burro é!) em rede social. Notório que tais postagens expõem as pessoas à execração pública, em uma lógica cartesiana: ou sou a favor, ou sou contra. E vossas colocações soam como uma “cusparada” em minha pessoa. 

Não tenho a vossa imunidade parlamentar. Mesmo se a tivesse, não o ofenderia, pois minha educação não se coaduna com essas atitudes. Se quisésseis, poderia ter entrado em contato diretamente comigo para se inteirar. Opiniões todos têm; se considero ou não considero “homofobia”, se penso ser “feminicídio” ou não, me manifesto por escrito, nos autos do procedimento policial, justificando as razões. Tenhais certeza de que analisei todas as circunstâncias do caso.

A morte de Nickolle considero homicídio qualificado, pelo motivo fútil e por recurso que impossibilitou a defesa da vítima. É a minha decisão jurídica. O Ministério Publico e o Poder Judiciário podem concordar ou não, cada um faz sua parte. E assim passo ao mais importante.

Peço-vos respeito, tenho família, exerço cargo público, aprovado por concurso. Jamais fiz qualquer comentário depreciativo a vossa pessoa ou a opiniões suas. Nem sequer comentei, reservada ou publicamente, quando a mídia nacional mostrou vossa Excelência escarrando em seus colegas. Quiçá tivésseis seus motivos. 

Entretanto, novamente peço-vos que tenhais maiores cuidados ao me chamar publicamente de “burro”, sem ao menos me conhecer ou ler o procedimento policial. O Bullying midiático em redes sociais, cometido por um Deputado Federal com perfil seguido por milhares de pessoas, causa exposição e danos irreversíveis. 

Não usarei este espaço para verborragias, ofensas, ou qualquer gênero de “fobias”. Desejo-vos um ótimo exercício de mandato, na defesa de seus eleitores e, ao fim, de todo o povo brasileiro. Se um dia quiserdes conversar ou debater esse, ou qualquer outro tema, tereis um atento interlocutor, seja no RS, seja na Câmara dos Deputados. 

Um abraço, José Antônio Taschetto Mota, Delegado de Polícia Regional da 20ª DPRI, Cachoeira do Sul, RS.






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